ESPOROTRICOSE HUMANA: UMA SÉRIE DE CASOS EM UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Nome: MARIELI THOMAZINI PISKE GARCIA
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 05/11/2021
Orientador:
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Papel |
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FRANCIÉLE MARABOTTI COSTA LEITE | Orientador |
Banca:
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Papel |
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ELIANE DE FÁTIMA ALMEIDA LIMA | Examinador Interno |
FABIO LUCIO TAVARES | Examinador Externo |
FRANCIÉLE MARABOTTI COSTA LEITE | Orientador |
KALLEN DETTMANN WANDEKOKEN | Suplente Externo |
THIAGO NASCIMENTO DO PRADO | Suplente Interno |
Resumo: A esporotricose vem se tornando um problema de saúde pública no Brasil desde 1998, em razão do aumento significativo de casos em seres humanos. Se destaca por ser uma doença fúngica endêmica, cujos agentes etiológicos encontram-se amplamente distribuídos no ambiente. Objetivo: Descrever a série de casos de esporotricose ocorridos no Município de Cariacica, Espírito Santo (ES), entre 2018 a 2020; elaborar e avaliar uma ficha de notificação compulsória para a esporotricose humana. Metodologia: Foram desenvolvidos dois tipos de estudos. Na primeira etapa um estudo de caráter epidemiológico, descritivo do tipo série de casos, a fim de descrever a série de casos de esporotricose humana. Na segunda etapa da pesquisa, foi realizado um estudo metodológico, desenvolvido em duas fases: elaboração do conteúdo teórico para a construção da ficha de notificação, e, posteriormente a avaliação da ficha de notificação realizada por juízes, por meio de painel Delphi online, no período de julho a setembro de 2020. Entre os juízes incluíram-se médicos, enfermeiros, biólogos e médicos veterinários que atuavam na atenção primária à saúde, com experiência mínima de dois anos na área de epidemiologia e/ou infectologia, saúde pública e atenção básica. Para avaliação do conteúdo teórico utilizou-se uma modificação e adaptação da escala tipo Likert de 3 pontos, sendo considerado aceitável uma taxa de concordância de 80%. Resultados: Entre os 33 casos de Esporotricose humana no período estudado, a maioria era do sexo feminino (73%), faixa etária entre 20 e 59 anos e de cor parda (55%) e realizavam atividades do lar. Em relação à forma clínica 52% apresentavam a forma cutâneo linfática, 85% ferida nos membros superiores e, em 48% dos casos, a mão foi o ponto de inoculação. O tratamento foi realizado em 3 meses (55%) e em 82% o itraconazol o medicamento de escolha. O diagnóstico foi, em 67%, clínicoepidemiológico. A forma provável de contágio em 79% foi animal, sendo que
36% apresentaram arranhadura e 64% a presença do animal no domicilio. Em relação a ficha de notificação, esta foi dividida em 07 categorias, sendo: dados gerais, notificação individual, dados de residência, antecedentes epidemiológicos, dados clínicos, hospitalização e conclusão, contendo 59 variáveis e 151 itens. Os produtos desta dissertação foram a ficha de notificação compulsória para esporotricose humana e dois artigos científicos. Conclusão: o conhecimento do perfil dos pacientes com esporotricose contribui no estabelecimento de estratégias de ações de prevenção e combate a este agravo. Ainda, nesse sentido, a ficha de notificação compulsória poderá ser um instrumento de comunicação entre a vigilância epidemiológica, fornecendo dados para orientação técnica dos profissionais de saúde.