PROCESSO DE TRABALHO EM UM AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA NA PERCEPÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA DE ENFERMAGEM.
Nome: ANA MARIA ZANOTTI DE AGUIAR LIMA
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 23/09/2015
Orientador:
Nome | Papel |
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LEILA MASSARONI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ELIANE DE FÁTIMA ALMEIDA LIMA | Examinador Interno |
LEILA MASSARONI | Orientador |
LUZIMAR DOS SANTOS LUCIANO | Suplente Externo |
MARIA CARLOTA REZENDE COELHO | Examinador Externo |
SHEILLA DINIZ SILVEIRA BICUDO | Suplente Interno |
Resumo: A necessidade de reflexão sobre o processo de trabalho pelos profissionais em
saúde deve ser constante e permanente visto ser esse amplo, complexo,
dinâmico e com características específicas. A equipe de técnicos de
enfermagem inserida nesse contexto detém um conhecimento sobre o trabalho
em saúde por se apresentarem presentes em tempo integral nesse processo.
Assim, esse estudo objetiva descrever a percepção dos técnicos de
enfermagem sobre o processo de trabalho em um Ambulatório de Oncologia. O
quadro teórico está sustentado nos conceitos do processo de trabalho em
Saúde e nas redes de micropolíticas existentes no seu interior, compreendendo
as tecnologias ali inseridas. Utilizamos a abordagem qualitativa, sendo que a
produção dos dados foi alcançada através de grupo focal. O exame do material
empírico foi feito de acordo com a análise de conteúdo de Bardin, trazendo os
depoimentos dos sujeitos para uma reflexão dialogada com os autores que
fundamentam o tema. Seguindo essa análise, emergiu-se a categoria: (re)
organização do trabalho. Foram evidenciadas subcategorias que ajudaram a
organizar e sequenciar a discussão: Entraves na Rede de Atenção à Saúde;
Organização do trabalho centrado no profissional; Assistência fornecida ao
paciente como personagem central; Dificuldade na articulação entre os
microprocessos realizada no Ambulatório. Concluímos que a enfermagem,
pelas próprias características da profissão, percebe o trabalho na Saúde como
um processo dinâmico e articulado, mas apesar dos avanços nas políticas
públicas que favorecem o cuidado integral, a força do capitalismo e a herança
do modelo taylorista fazem com que o trabalho seja fragmentado e a
assistência ainda centrada nos profissionais. Concluímos também que existem
entraves na rede de atenção à saúde que transcendem a discussão sobre
processo de trabalho nessa área, evidenciado pela dificuldade de acesso à
saúde.